FRANCISCANOS

Essa é a “Missa antiga”?

Resposta: Ao tomar parte na Santa Missa em nossas Capelas Franciscanas estais unindo-vos às ricas tradições apostólicas da Santa Igreja Católica Romana. Aqui, participais da Missa em Latim, celebrada segundo o Rito Romano.

Se esta for a vossa primeira experiência com a Missa Tradicional, estareis diante da mais sublime fonte de graça que Deus concedeu ao homem para a salvação da alma. No início, pode parecer algo novo, mas aqui a vossa alma encontrará descanso.

Se há muito tempo não frequentais a Missa em Latim e já vos desapontastes com a “nova igreja”, acolhemo-vos com alegria: Bem-vindos de volta!

Esta Missa cumpre minha obrigação dominical?

Resposta: Uma preocupação constante para os católicos é garantir que a Missa à qual assistem e os Sacramentos que recebem sejam tanto válidos quanto lícitos.

Aqueles que participam da Santa Missa em nossas capelas podem ter plena certeza de que o sacerdote celebrante é validamente ordenado segundo o rito da Santa Igreja Católica Romana e que exerce seu ministério com a devida permissão de um bispo católico tradicional. Dessa forma, tem autoridade para celebrar a Missa, administrar os Sacramentos e pregar.

E, sim, quem assiste a essa Missa cumpre plenamente sua obrigação dominical.

Por que é dita em latim?

Resposta: As razões para a celebração da Santa Missa em latim, segundo as normas antigas da Igreja Católica, são inúmeras e não poderiam ser expostas em sua totalidade neste espaço. No entanto, podeis estar certos de que não se baseiam em meros apelos emocionais.

Não preferimos a língua latina apenas por apreciarmos sua sonoridade ou por nos sentirmos mais confortáveis diante de seu estilo clássico. Pelo contrário, nossa escolha fundamenta-se em sólidos princípios teológicos e morais.

Assistimos à Missa em Latim porque, em nossa consciência e em nosso coração, sabemos que é isso que Deus deseja de nós. E como sabemos disso? Porque a Santa Igreja Católica assim ensinou ao longo dos séculos!

O Padre sempre celebra a Missa em latim?

Resposta: A Missa à qual assistireis é frequentemente conhecida como a Missa de São Pio V ou Missa Tridentina em Latim.

Após o Concílio de Trento, no final do século XVI, o Papa São Pio V, com sua autoridade infalível como Vigário de Cristo na terra, proclamou solenemente a Missa Latina celebrada em Roma como a forma principal a ser utilizada em toda a Igreja, permitindo poucas exceções.

Mais do que isso, determinou que essa Missa, com as palavras da Consagração do pão e do vinho por ele definidas, deveria ser celebrada para sempre — “em perpetuidade”, foram suas palavras. Ninguém, decretou o Papa, poderia jamais revogar a obrigatoriedade dessa determinação ou forçar um sacerdote a celebrar a Missa em qualquer outra forma mutilada. E, caso alguém o fizesse, advertiu que tal pessoa incorreria na ira do Deus Todo-Poderoso e dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo.

O Papa proclamou este decreto principalmente contra os reformadores protestantes, que haviam criado uma nova liturgia, alegando que era idêntica à tradicional. Nos séculos seguintes, os Papas sempre defenderam este princípio, reafirmando que ninguém na Igreja tem o poder ou o direito de modificar aquilo que constitui a substância da Missa, especialmente as palavras da Consagração do pão e do vinho.

Posso me confessar e receber a Sagrada Comunhão?

Resposta: De modo geral, qualquer católico batizado que possua conhecimento suficiente para distinguir a Santíssima Eucaristia do pão comum e esteja em estado de graça pode — e é incentivado — a receber a Sagrada Comunhão.

No entanto, os sacerdotes do Movimento Católico Tradicional não seguem a prática adotada pela igreja modernista desde o final da década de 1960, que permite a recepção da Comunhão por pessoas de diferentes religiões. Este é um privilégio reservado exclusivamente aos católicos batizados.

Se não sois um católico romano praticante, não vos aproximeis para receber a Sagrada Comunhão quando os demais fiéis o fizerem.

Por que o código de vestimenta rigoroso para a missa?

Resposta: Logo ao entrar na igreja, o visitante perceberá uma atmosfera distinta daquela encontrada na maioria das igrejas modernas. Todos os fiéis, sejam jovens ou idosos, homens ou mulheres, são convidados a vestir-se de maneira respeitosa ao assistir à Santa Missa e ao entrar na presença do Santíssimo Sacramento. (Para mais informações sobre o código de vestimenta, consulte a página “Código de Vestimenta”.)

Essa norma não existe para agradar os demais fiéis ou mesmo o sacerdote, mas sim para expressar o devido respeito pelo caráter sagrado do local e da Santa Missa. A participação na liturgia é a mais alta forma de culto a Deus e, como tal, nossa vestimenta deve refletir esse respeito e essa dignidade. Nosso modo de trajar-se para a Missa deve estar acima do vestuário do dia a dia, pois, através da modéstia e do decoro externo, manifestamos a Deus nosso amor e desejo de servi-Lo com reverência. O verdadeiro culto consiste em um testemunho público de fé e amor, para glorificar a Deus como nosso Criador e Redentor. Assim, a participação na Santa Missa é um dever sagrado que cumpre nossa obrigação de prestar-lhe adoração pública.

Código de vestimenta e respeito ao Santíssimo Sacramento

Mantemos em vigor um código de vestimenta que reflete a modéstia cristã e a reverência diante do Santíssimo Sacramento. Isso não significa que haja um porteiro na entrada para examinar a roupa dos fiéis. No entanto, espera-se que todos aqueles que assistem à Missa ou que entram na presença do Santíssimo Sacramento, especialmente aqueles que desejam receber a Sagrada Comunhão, observem, por amor a Deus, certas normas de vestimenta.

De acordo com as leis da Igreja, o sacerdote não pode distribuir a Sagrada Comunhão a quem estiver vestido de maneira imodesta. As normas de vestimenta que seguimos são as mesmas que todas as paróquias católicas observavam no mundo inteiro antes do Concílio Vaticano II.

Lugar de oração e recolhimento

Nosso respeito pelo Santíssimo Sacramento não se manifesta apenas na maneira de nos vestirmos, mas também em nosso comportamento dentro da igreja. Sendo a Santa Missa a mais sagrada das ações, o sacerdote e os fiéis dedicam um tempo à oração antes do início da celebração.

Nos domingos, reza-se o Santo Terço antes da Missa. Durante a semana, alguns fiéis também rezam o Terço ou se dedicam a leituras devocionais. Outros estarão em fila para receber o Sacramento da Confissão. Tudo isso contribui para criar um ambiente de recolhimento e oração, favorecendo a melhor preparação para a Santa Missa e permitindo que as almas colham os abundantes frutos espirituais que ela oferece.

Silêncio e respeito durante a Missa

Por fim, em sinal de respeito pela sacralidade da Missa e por caridade ao próximo, pede-se que se evite conversas desnecessárias e movimentos supérfluos dentro da igreja. A Missa Tradicional não é marcada pelas atividades sociais que se tornaram comuns nas liturgias modernas. Assim, a alma pode dispor-se melhor ao culto a Deus, sem as inúmeras distrações que desviam o coração do verdadeiro espírito de adoração.

Como as mudanças do “Vaticano II” afetaram a Missa?

Resposta: Após as mudanças promovidas pelo “Concílio Vaticano II“, a Missa sofreu transformações significativas. De fato, tornou-se muito semelhante à “missa” anglicana, contra a qual o Papa São Pio V se posicionou firmemente, e pela qual milhares de sacerdotes foram martirizados ao recusarem-se a celebrá-la. Se a “missa” protestante do século XVI foi considerada herética, nada pode mudar esse ensinamento, nem mesmo em nossos tempos. Aquilo que era verdade então deve ser verdade agora.

Um católico consciente precisa apenas reconhecer que a Liturgia da Igreja foi adulterada por teólogos protestantes após o “Vaticano II”, tornando-se mais próxima de suas preferências. Práticas veneráveis, que durante séculos foram fonte de grandes consolações espirituais e graças para milhões de fiéis ao redor do mundo, e que produziram maravilhas de santidade em suas almas, foram abruptamente descartadas para não “ofender” os não católicos. Consideramos isso um grave erro doutrinário, erro esse que afeta a validade do Novus Ordo Missae de Paulo VI e suas versões subsequentes, promovidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Sob a bandeira de um falso ecumenismo, não apenas a Missa foi alterada, mas a onda de mudanças alcançou também os Sacramentos e os sacramentais, minando a sacralidade de tudo em favor de uma liturgia “nova e mais significativa”.

Mais alguma coisa?

Resposta: Como já foi dito, alguns parágrafos em um site são apenas uma introdução ao Movimento Católico Tradicional. De modo algum representam um estudo exaustivo sobre as razões pelas quais seguimos as práticas litúrgicas anteriores ao “Vaticano II“, ainda que, para muitos, isso possa parecer um ato de rebeldia.

Se tiverdes dúvidas, não hesiteis em perguntar. E não penseis que a vossa pergunta pode parecer “simples” ou sem importância. Toda dúvida é relevante para o sacerdote, que terá o maior prazer em dedicar o tempo necessário para que compreendais a importância dessa escolha feita por ele e por tantos outros fiéis católicos.